Almas em Suplício (1945)

•dezembro 9, 2011 • Leave a Comment

Título original: Mildred Pierce

Origem: EUA

Diretor: Michael Curtiz

Com: Joan Crawford, Jack Carson, Zachary Scott, Ann Blyth    

Misterioso,  “noir”, belo, muito bom de se assistir!

Este brilhante filme dos anos 40 conta a história de uma mulher forte, mãe e esposa dedicada, decidida – a qualquer preço – a oferecer o melhor às suas filhas.

A trama se passa  nos Estados Unidos dos anos 30 – em pleno período de recessão – e já começa com um crime.  A belíssima sequência inicial, com requintes de expressionismo alemão, é composta por planos extremamente bem estudados, em que as sombras deformadas dos personagens tomam conta da ação. Tudo isso embalado, ritmado e “agravado” pela fantástica música de Max Steiner.

Mildred Pierce (Joan Crawford)  – uma linda mulher vestida elegantemente com um casaco de vison – nos aparece como a maior suspeita.

Depois de tentar incriminar seu amigo de longa data – Wally Fay (Jack Carson) -,  Mildred é levada até a delegacia, onde, por meio de um longo flashback, conta ao delegado (e aos espectadores) sua versão e sua história.

As mulheres de “Almas em Suplício” são independentes, fortes, autossuficientes. Elas fumam, bebem, pagam suas contas, correm atrás da vida. E isto também pode ser percebido na maneira com que Curtiz escolheu para enquadrar e apresentar suas personagens. Exemplo: quando Mildred conversa com sua gerente, em um de seus restaurantes, após voltar de viagem do México, ela tem seus cabelos presos,  veste um blazer de ombros largos, e segura o cigarro e o copo de maneira bem masculina. Nós, espectadores, temos, por alguns segundos, a impressão de estar diante de dois homens conversando em um bar.  Uma cena-símbolo da independência feminina.

O filme de Michael Curtiz é baseado no romance de James M. Cain – “Mildred Pierce” – e tem até hoje o poder de nos prender a atenção do começo ao fim. É um daqueles filmes que nos faz perder a noção do tempo!  Que nos faz mergulhar na história! Bom demais!

Joan Crawford ganhou o Oscar de Melhor Atriz por este filme.  E, garanto, vale a pena conferir sua atuação, sua beleza e a qualidade desta obra!

PS. Neste 2011, a HBO lançou nos Estados-Unidos uma série de TV intitulada “Mildred Pierce”, com Kate Winslet. Mais baseada no livro de Cain do que no filme de Curtiz, a série foi toda rodada em 16mm para tentar manter a estética da época, com os granulados, as luzes e as cores que só a película consegue proporcionar! Fica aí também esta dica.

Os Vencidos (1953)

•dezembro 7, 2011 • Leave a Comment

Título original : I Vinti

Origem : Itália / França

Diretor : Michelangelo Antonioni

Com : Franco Interlenghi, Anna Maria Ferrero, Eduardo Ciannelli

Um filme que são três !

Isso mesmo ! “Os Vencidos” conta três diferentes histórias vividas por jovens de classe média, no período pós-guerra.

As histórias se passam na França, na Itália e na Inglaterra, cada uma contada com um estilo que segue a tendência nacional de fazer cinema. Os protagonistas são sempre rapazes em torno dos seus 20 anos, que se envolvem em crimes, sem nenhuma “grande” causa aparente, a não ser ter uma vida mais emocionante, mais confortável e mais glamorosa (dinheiro e fama). Os famosos “rebeldes sem causa”.

Mas a questão toda é: será que não há de fato uma causa? Estes  jovens de 20 anos no início dos anos 50 são também as crianças da II Guerra Mundial! O que viram? Como viveram esse período? O que sentiram? Como foram marcados? Que sentimentos guardam em suas almas?

O filme de Antonioni nos convida a fazer esta reflexão.

Fora tantas outras ponderações, mais íntimas e pessoais, não menos interessantes:  até que ponto conhecemos nossos filhos?  Até onde nos interessamos de fato por suas vidas, por suas amizades, suas angústias, suas alegrias?

Um filme definitivamente interessante para nos fazer pensar, funcionando ainda como um belo exercício de estética, em que podemos comparar os estilos francês, italiano e inglês de fazer cinema.

Intouchables (2011) – ainda sem título em português

•dezembro 4, 2011 • 3 Comments

Título original : Intouchables

Origem : França

Diretor : Eric Toledano e Olivier Nakache

Com : François Cluzet, Omar Sy, Anne Le Ny

Um filme leve, divertido, emocionante… feliz !

Tudo bem, talvez não estejamos diante de nenhuma obra-prima do cinema recente (apesar do enorme sucesso de bilheteria em solo francês). No entanto “Intocáveis”, além de ser uma delícia de se assistir, é , sem dúvida, um filme que “toca”!

O enredo é aparentemente “batido” e um tanto quanto maniqueísta, mesmo que inspirado em uma história real: homem branco, rico (muito rico!), culto, tetraplégico, contrata homem negro, pobre, sem instrução e em plena forma física para ajuda-lo em seu dia-a-dia.

A grande novidade desta história é, porém, a leveza com que é contada. Ao invés de um dramalhão – o que seria mais comum para o tema – o caminho escolhido pelos diretores Eric Toledano e Olivier Nakache foi o da comédia, o do bom-humor. E, diga-se de passagem, uma senhora comédia, na dose certa: sem exageros, sem piadas de mau gosto, com diálogos bem escritos, divertidos, capazes de proporcionar aos espectadores duas horas de boas gargalhadas.

A deficiência de Philippe (François Cluzet) não é, em nenhum momento, dramatizada, explorada ou ampliada. Da mesma forma que a pobreza de Driss – Osmar Sy – não é tampouco apresentada como um fator gerador de um indivíduo amargurado, mau ou revoltado contra a burguesia. Nada disso! O filme definitivamente não caminha por estas trilhas, não apela para nossos sentimentos de compaixão, pena ou tristeza. Ao contrário. O que ele nos faz é abrir os olhos para enxergarmos a beleza que é viver, mesmo em condições um tanto quanto adversas. Praticamente uma versão francesa do nosso  “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”!

Vale dizer que François Cluzet dá um show de interpretação, nos transmitindo um punhado de emoções apenas por meio de suas expressões faciais. Um arraso que pode nos arrancar algumas lágrimas!

“Intouchables” é um filme lindo, delicioso e que pode (e deve) ser visto por toda a família!

Filmes sobre líderes

•dezembro 2, 2011 • Leave a Comment

Para os que gostam de filmes sobres grandes líderes – bons ou maus – uma boa sugestão é a trilogia do poder do cineasta russo Aleksandr Sokúrov, composta por Moloch (1999), sobre Hitler; Taurus (2000), sobre Lenin; e Sol (2005), sobre Hirohito.

Moloch mostra a intimidade de Hitler, sua privacidade, sua vida ao lado de Eva Braun, nos apresentando uma faceta que não estamos acostumados a ver.

Taurus nos fala sobre os últimos dias da vida de Lenin, sua doença, sua solidão, e, ainda sobre a ascensão de Stalin.

Sol relata o dia-a-dia cinzento e enclausurado de Hirohito, em um período trágico na história da humanidade e do Japão – o fim da II Guerra Mundial.

Sokúrov é um dos maiores cineastas russos da atualidade. Sua obra se destaca pela estética diferenciada, com um trabalho cuidadoso da matéria filme, que vai desde imagens distorcidas, passando por tonalidades verdes ou azuis em seus planos,  até longuíssimos planos-sequências, nunca antes conseguidos no cinema, como o que compõe o filme Arca Russa (2002).

Sem dúvida, um cineasta que merece ser descoberto pelos cinéfilos brasileiros.  

Veja em Cine-Leituras sugestão de um bom livro sobre Sokúrov.

 

Operação Presente (2011)

•novembro 29, 2011 • 3 Comments

Título original : Arthur’s Christmas     

Origem : EUA / Inglaterra

Dirigido por : Sarah Smith

Escrito por :  Sarah Smith e Peter Baynham

Com as vozes de : James McAvoy, Jim Broadbent, Bill Nighy

Bonitinho, divertido, mas sem encanto !

“Filmes de Natal” primam, em geral, por nos seduzir pela magia, encanto e esperança que parecem renascer a cada fim de ano. Sem falar que acabam tocando também naquela nossa eterna vontade (infantil) de acreditar no bom velhinho.

« Operação Presente » sai um pouco desta tradição. O que poderia ser até interessante…

O filme traz não só UM Papai Noel, mas uma família inteira que  trabalha no “empreendimento” Natal. Os membros da família ocupam de geração em geração o “cargo” de Papai Noel, estando na “profissão” por uma questão de tradição, de herança, ou talvez por ambição. O único que parece manter a paixão, o sonho e o espírito natalinos é Arthur, o  mais novo dos Noel. Rapaz ingênuo e estabanado, que não consegue fazer nada direito, mas que será o maior interessado em não deixar nenhuma criança sem presente neste 25 de dezembro.

A ideia pode até ser interessante – sobretudo agregada à tecnologia 3D e a todos os efeitos conseguidos pela tecnologia digital. O ar de modernidade é, sem dúvida, presente e divertido. O Natal comandado pelos Noel tem nova cara, novo trenó, novas fantasias…

No entanto, o filme não encanta, não emociona, não nos faz sonhar, não toca! Falta magia! Uma pena!

De qualquer maneira, “Operação Presente” não deixa de ser um bom passatempo para as crianças neste fim de ano !

Era uma vez na Anatólia (2011)

•novembro 27, 2011 • Leave a Comment

Título original : Bir Zamanlar Anadolu’da    

Dirigido por: Nuri Bilge Ceylan

Escrito por:  Nuri Bilge Ceylan, Ebru Ceylan, Ercan Kesal

Com: Muhammet Uzuner, Yilmaz Erdogan, Ercan Kesal, Taner Birsel, Firat Tanis

Sombrio, diferente, lento, sensível, masculino, sublime!

Este filme turco que levou o Grand Prix em Cannes 2011 vem causando um certo alvoroço no meio cinematográfico, que vê nele um novo marco no cinema do século XXI.

O que certamente não acontece em vão, já que o filme é, de fato, de excelente qualidade e bem diferente do que estamos acostumados a ver.

Primeiro, é super longo e lento. Nada de muita ação nem muitas revelações. O que domina é o subliminar, o não dito, o por dizer.

Segundo, sua primeira parte (cerca de uma hora) acontece em plena escuridão, com pouco a ser visto, mas bastante a ser sentido e percebido.

Terceiro, trata-se de um filme predominantemente masculino (quase não há personagens femininos em cena), embora as mulheres se façam bastante presentes no “arrière-plan”.

Em quarto lugar, “Era uma vez na Anatólia” apresenta planos absolutamente sublimes, sombrios, lindos, praticamente saídos de uma tela de Rembrant.

Por meio de um bem trabalhado jogo de “chiaroscuro”, e de enquadramentos originais, Nuril Bilge Ceylan consegue dar à sequência da “aparição” da filha do prefeito, por exemplo, um ambiente espiritual, onírico, quase divino. Um dos planos mais belos do cinema dos últimos tempos!

O filme conta a história de um grupo de homens de diferentes estratos da hierarquia do crime – suspeito, delegado, procurador, médico, motorista, soldados, etc. – que juntos erram em busca de um corpo.

As cenas são de grande contraste, variando de lindos planos gerais das paisagens da Anatólia, a planos extremamente “apertados”, em que vemos homens espremidos dentro de carros, que parecem pequenos demais para abriga-los todos.

E é neste ambiente “huit clos” que suas sensibilidades vão aos poucos se revelando, que vamos devagarzinho descobrindo as angústias, razões de viver e de ser desses homens de barbas mal feitas, e de almas frágeis e sofridas.

E talvez seja justamente aí que o filme se mostre ainda mais diferente, interessante e belo, nos revelando idiossincrasias de homens rudes, apresentando com eles (e por meio deles) situações que nos fazem pensar até onde nos interessa saber a verdade dos fatos, as razões dos acontecimentos que marcam nossas vidas…

“Era uma vez na Anatólia” me fez pensar em “Nos tempos da diligência” (1939) de John Ford, em que um grupo composto de diversas classes sociais se desloca de um ponto a outro no deserto do Arizona e onde, devagarzinho, vamos descobrindo suas histórias, suas nuances, suas belezas e suas vergonhas. Sendo que no caso de Ford, as mulheres se fazem bem mais presentes em cena.

Um filme para todos os que apreciam o grande cinema!

Chaplin World – The Modern Times Museum

•novembro 22, 2011 • Leave a Comment

A Suíça está prestes a nos oferecer o maior dos presentes: um museu inteiramente dedicado a Charles Chaplin, na cidade onde o gênio escolheu passar os últimos anos de sua vida.

Vevey: este é o lugar. Uma cidadezinha à beira do Lago Léman, perto dos terraços de vinhedos de Lavaux, entre Lausanne e Montreux. Um lugar paradisíaco, que reflete o bom gosto que pontuou toda a obra de Chaplin.

O Museu está sendo montado na casa onde Chaplin morou com sua família – Manoir de Ban – situado mais especificamente logo acima de Vevey – em Corsier-sur-Vevey –  prolongando-se ainda pelos seus 14 hectares de jardim. Serão 3.000 m2 dedicados a descobertas, experiências e a grandes emoções!

A ideia é oferecer ao público um novo conceito de museu, totalmente interativo, em que o antigo e o moderno  se encontram e propiciam ao espectador um mergulho no universo chapliniano.

Fora isso, o Museu será também um ponto de encontro cultural, com suas salas de exposições (permanentes e temporárias), uma galeria de arte pronta a acolher artistas do mundo inteiro, seus espaços dedicados ao cinema, bem como uma rica programação cultural, incluindo festivais de artes dos mais variados estilos.

A abertura está prevista para 2013. O difícil vai ser esperar!!!!!!  

Pra ter uma ideia de como vai ser este novo templo do cinema, visite o site www.chaplinmuseum.com

O Artista (2011)

•novembro 20, 2011 • 5 Comments

Título original: The Artist   

Dirigido por: Michel Hazanavicius

Escrito por: Michel Hazanavicius

Com: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman

Lindo, apaixonante, uma grande lição de história do cinema!

A trama de “The Artist” se passa no momento em que o cinema vive sua primeira grande revolução, passando de mudo a falado (fim dos anos 30). O filme conta a história de um artista de cinema mudo – George Valetin (Jean Dujardin) -, que se vê atropelado pela novidade dos “talkies”, que chegaram exigindo novas caras e, principalmente, novas vozes.

Entre estas novas caras surge a figurante Peppy Miller (Bérénice Bejo), que rapidamente se transformará na grande vedete do cinema falado.

O filme gira, então, em torno da ascensão de Peppy Miller e da simultânea decadência de George Valetin.

“The Artist” é um filme realizado com esmero, baseado em escolhas estéticas extremamente felizes, a começar pelo preto e branco, que retoma o glamour da Hollywood dos anos 30. Fora isso, o filme é mudo, o que nos leva a vivenciar a mesma experiência contada pelo filme.

Hazanavicius resgata, assim, o jeito antigo de fazer cinema, com seus excelentes enquadramentos, planos super bem pensados, contendo objetos repletos de significados, como na cena da escadaria do estúdio, quando Valetin e Peppy Miller se encontram. Ele descendo, após ter se demitido, e ela, subindo, logo após assinar o contrato com o mesmo estúdio. Uma cena fundamental que marca o início da subida de um e da descida do outro. Lindo, simples, inteligente, como na época do cinema mudo.

A atuação de Dujardin e de Bérénice Bejo também merece ser mencionada e aplaudida. Aliás, Dujardin recebeu o prêmio de melhor ator em Cannes neste ano. Merecido!

O filme de Hazanavicius é uma linda homenagem ao cinema em um momento em que a sétima arte vive mais uma grande revolução, deixando o filme em 35mm pelo digital. Várias cenas do filme podem, aliás, ser lidas como referências diretas (ou homenagens) a grandes diretores ou a grandes filmes da história. Destacando-se a cena dos cafés da manhã, intertexto ao inesquecível “Cidadão Kane (1941)” de Orson Welles, ou os closes à la Eisenstein, na hora em que ele começa a ter alucinações. Ou ainda ao próprio enredo de “Cantando na Chuva (1952)”, com Gene Kelly e Debbie Reynolds.

Um filme imperdível e indicado para todos os apaixonados por cinema! Crianças também são bem-vindas, mas talvez estranhem a falta de falas e de cores.

Visitando Audrey Hepburn

•novembro 17, 2011 • 7 Comments

Hoje fiz uma caminhada que me levou a Audrey Hepburn.

Em 1963, a inesquecível, linda e sempre elegante Audrey Hepburn resolveu se instalar em uma pequena cidade suíça – Tolochenaz –  pertinho de Lausanne (e da cidade onde moro). Por aqui também, na cidade de Morges (ao lado), ela se casou com um psiquiatra italiano – Paolo Dotti – tendo, assim, optado por se estabelecer  definitivamente em Tolochenaz  até sua morte, em 1993.

E é nesta cidade também que ela está enterrada, em um pequeno cemitério, rodeado de verde e de paz.

Absolutamente imperdível para os fãs de Audrey!

O Abismo Prateado (2011)

•novembro 16, 2011 • Leave a Comment

Título original: O Abismo Prateado

Dirigido por: Karim Aïnouz

Escrito por: Beatriz Bacher

Com: Alessandra Negrini. Otto Jr, Thiago Martins.

Denso, angustiante, profundo e lento!

O filme do diretor cearense Karim Aïnouz foi inspirado na música “Olhos nos Olhos”, de Chico Buarque. Toda a trama se passa em pouco mais de 24 horas, desde a noite anterior a uma separação até o fim da noite seguinte, que termina levando com ela o sentimento de ter chegado ao fundo do poço.

Após uma noite (aparentemente) comum na vida de um casal, o marido – Djalma (Otto Jr) – deixa uma mensagem na secretária eletrônica do celular de sua esposa – Violeta (Alessandra Negrini) – com uma informação que vai revirar a vida daquela dentista que, até então, acreditava viver uma vida feliz.

O filme é todo angústia. As cenas longas, a falta de diálogo (o filme tem muito poucas falas) e a escolha de deixar apenas o primeiro plano focalizado, tudo contribui para passar ao espectador a sensação de estar diante de um abismo, ou de cair nele. O sentimento que se tem é de “falta de chão”; e isso Alessandra Negrini conseguiu nos transmitir com sucesso.  Junto com ela, mergulhamos no abismo, perdemos o foco da vida, nos desesperamos… até conseguirmos perceber (com ela e por ela) que há uma esperança, que tudo não está perdido.

A cidade do Rio de Janeiro se faz muito presente – através dos inúmeros planos do mar, da praia, das luzes da cidade – sendo praticamente mais um personagem do filme.

“O Abismo Prateado” foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2011. E foi recebido com aplausos.

Trata-se de um filme de autor, sem dúvida. O que pode agradar alguns e desagradar muitos.

Recomendo aos que apreciam novas experiências cinematográficas, filmes de arte e/ou cinema não comercial.

 
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