Bienvenue Parmi Nous (2012)

Veja aqui o trailer do filme!

Título original: Bienvenue parmi nous  
Origem: França
Diretor: Jean Becker
Roteiro: Jean Becker e François d’Épenoux
Com: Patrick Chesnais, Jeanne Lambert, Miou-Miou, Jacques Weber

Um filme singelo, agradável aos olhos e ao coração, mas que peca pelo excesso de clichês e por tratar a depressão de forma tão simplista e superficial!

O novo filme de Jean Becker – diretor do encantador Minhas Tardes com Margueritte (2010) – é baseado no livro homônimo de Eric Holder, publicado em 1998. Ele conta a história de Taillandier (Patrick Chesnais), um pintor bem sucedido no passado, mas que já não encontra mais alegria na vida… Nem na sua pintura, nem na sua família, nem em nada do que construiu ao longo dos anos.

Desesperado, já não sabendo mais o que fazer, Taillandier decide então se matar. Compra uma arma, escreve uma carta curta para sua esposa e sai de casa numa noite chuvosa, sem nenhuma intenção de voltar.

Vencido pela vida, Taillandier não é capaz de puxar o gatilho. Irritado com sua fraqueza, ele entra no carro e acelera rumo ao desconhecido até ser parado por um sinal vermelho. Lá, ele é surpreendido pelo pedido de carona de uma adolescente de cabelos pintados – Marylou (Jeanne Lambert) – que também tenta fugir de sua própria vida. No caso, de um padrasto que a violenta e de uma mãe covarde, que a põe pra fora de casa por acreditar nas injúrias do marido.

Assim, sem nenhum planejamento, os dois vão juntos seguindo viagem rumo ao incerto, ao acaso, a um novo mundo inventado, longe dos problemas e angústias que os sufocavam.

Duas gerações aí então se confrontam em um jogo de clichês mil vezes explorados. O velho ranzinza que, apesar de tudo que conseguiu na vida, já cansou de lutar e não vê nada além do que escuridão à sua frente. E a jovem rebelde, cheia de vida, mal tratada, mas que, apesar de tantos problemas reais, ainda enxerga cor e beleza na vida. E claro, os dois mundos batendo de frente, se questionando, brigando, até um fazer o outro amolecer, ceder, sorrir. A jovem aprendendo com o velho, o velho aprendendo com a jovem, retomando o fôlego para a vida, reencontrando as cores de sua paleta e, mais que tudo, uma nova musa para sua arte.

Certamente, Bienvenue Parmi Nous é um filme com muitos ingredientes para entrar na categoria PRA SE ENCANTAR, mas que peca por ter ficado no raso, no superficial, no clichê do artista sem musa e na solução fácil e rápida para seu desfecho.

O mais certo seria colocá-lo então na categoria PRA PENSAR, já que – clichês à parte – ele nos leva a pensar e repensar sobre as cores que escolhemos para pintar nossas vidas.

~ by Lilia Lustosa on June 25, 2012.

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