A Suprema Felicidade (2010)
Diretor: Arnaldo Jabor
Roteiro: Arnaldo Jabor
Com: Marco Nanine, Elke Maravilha, Dan Stulbach, Mariana Lima, Jayme Matarazzo, Maria Flor, Maria Luísa Mendonça
Não se iluda pelo título!
Assim como o La dolce vita de Fellini não tem nada de doce, A Suprema Felicidade de Arnaldo Jabor também não tem nada (ou quase nada) de feliz!
Ao contrário, o filme é pesado, carregado de amargura, de nostalgia, apresentando-nos uma felicidade tangível sim, mas bem difícil de ser apalpada pela maioria de nós, mortais.
A história se passa no Rio de Janeiro, pós II Guerra Mundial, e é centrada na vida de Paulinho (Jayme Matarazzo), um menino de classe média, filho de um pai piloto da FAB (Dan Stulbach) e de uma mãe dona de casa (Mariana Lima). Mesmo caso de Jabor, ele próprio filho de um pai da Aeronáutica e de uma mãe dona de casa.
O filme nos coloca diretamente no Rio das marchinhas, da boemia, do Carnaval, do malandro, das prostitutas. Mas tudo soa meio artificial, exagerado, ensaiado, coreografado, como num espetáculo do Eldorado.
Jabor – que começou sua carreira no efervescer do Cinema Novo (anos 60), e que a interrompeu na era Collor (anos 90), dedicando-se desde então ao jornalismo, com seus textos ácidos, de crítica super afiada, irônica, atacando tudo e todos – volta às telonas com um filme impregnado de seu estilo “verborrágico”.
Dá para reconhecer Jabor em várias falas dos personagens. E se fecharmos os olhos, podemos nos imaginar diante da CBN, do Jornal Nacional ou do Fantástico.
Um filme PRA PENSAR e PRA SE ANGUSTIAR.
Para ler a crítica completa vá ao Blog do CEBRAC – Centro Brasil Cultural (http://blogdocebrac-acervo.blogspot.ch/).