Peixe Grande e suas Maravilhosas Histórias (2003)
Título original: Big Fish
Dirigido por: Tim Burton
Escrito por: Daniel Wallace, John August
Com: Ewan McGregor, Albert Finney, Jessica Lange, Marion Cotillard e Helena Bonham Carter
Simplesmente lindo!
Um filme que mistura com muito êxito o maravilhoso e o drama, em que o relato de uma vida é feito de uma maneira onde o fantástico e o real se confundem, se misturam, tornando-se um só gênero.
Tim Burton, por meio de inúmeros flash-backs banhados de uma luz intensa e onírica nos mergulha em uma história encantadora de um pai e de um filho que, depois de anos de convivência, vivem uma crise no relacionamento. O pai, homem de extrema criatividade, passa a vida a contar histórias mirabolantes em que ele é o protagonista. Ele tem assim a admiração do filho-menino. Portanto, na hora em que este menino se transforma em homem, as ricas histórias de seu pai não lhe bastam mais. Ele quer a verdade. Os fatos. O filho-homem sente que desconhece aquele pai em sua real versão. Ele sofre por achar que tudo o que sabe sobre aquele homem com quem conviveu por tantos anos é apenas uma lenda, uma farsa, uma grande mentira.
O pai, por sua vez, não consegue lhe contar as coisas de outra maneira e acaba perdendo seu filho, que decide se afastar de vez. É preciso que uma doença o traga de volta pra casa e para o diálogo com o pai.
Neste reencontro, o filho vai descobrir pouco a pouco os segredos e verdades sobre este grande contador de histórias que é seu pai.
Um filme leve, plasticamente bonito e ao mesmo tempo carregado de emoções diversas; capaz de nos fazer refletir sobre nossa eterna busca por explicações racionais sobre todas as coisas, o que nos impede muitas vezes de enxergar a magia de pequenos instantes de nossa realidade.
Big Fish é ainda um grande convite à reflexão sobre como enxergamos os nossos próximos mais próximos e como lidamos com nossas diferenças.
Um filme que recomendo a pessoas de todas as idades – filhos e pais, filhas e mães, avôs e netos, avós e netas.