O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida (2012)

Veja aqui o trailer do filme!

Título original: The Lorax 

Origem: EUA

Diretor: Chris Ranaud e Kyle Balda

Roteiro: Ken Daurio e Cinco Paul

Com as vozes de: Zac Efron, Taylor Swift, Danny Devito, Betty White

Baseado no livro de Dr Seuss, publicado em 1971, esta fábula ecológica parece hoje mais atual do que nunca. Uma pena que os olhos e mãos de seus diretores e roteiristas não tenham sido capazes de captar o “visionário” espírito de seu autor, concentrando mais suas energias nas cores artificias do mundo inventado do que nos tons escuros do mundo real abandonado.

A história se passa em um mundo totalmente artificial, cercado por muros altos, em que árvores e arbustos são de plásticos e portanto não fazem fotossíntese. O prefeito-todo-poderoso da cidade ganha a vida vendendo ar puro e por isso mesmo faz questão de preservar a ausência de árvores verdadeiras.

Assim como a onipresente Buy’n Large de Wall-E (2008), a O’Hare  – empresa do prefeito – detém o monopólio do comércio na pequena e hiper colorida Thneedville, controlando todos os passos de seus moradores e espalhando sua logo nos quatro cantos da cidade.

E é nesta cidade-bolha que mora o adolescente Ted (Zec Efron), um menino comum que mora com a avó e mãe, e que só tem olhos para sua vizinha Audrey (Taylor Swift). Uma moça bonita, inteligente, mais velha do que ele e que cultiva o sonho de ver um dia uma árvore de verdade. Como no passado!

Ted vê aí sua chance dourada – ou verde – de conquistar o coração da menina! E começa assim sua aventura em busca do verde verdadeiro, da verdade sobre o sumiço das árvores. Ele vai, então, “sair da caverna”, ultrapassando portões e muros para descobrir um mundo novo, cinza, abandonando, feio e pós-apocalíptico.  Um mundo real onde mora Umavez-Ildo (Ed Helmer), um velho rabugento que vive em exílio, escondendo-se de sua própria culpa de um dia ter desafiado Lorax – o guardião das árvores. Um prisioneiro de sua própria consciência e de sua vergonha de ter dado início à destruição da natureza em nome de uma carreira de sucesso.

É que, no passado, o jovem Umavez-Ildo – querendo impressionar sua família –  criou uma peça de roupa coringa, feita de trúfulas, sem função específica – o Thneed. Um objeto supérfluo que lhe deu fama e dinheiro para, em seguida, cair no esquecimento. Deixando como marcas « apenas » o nome da cidade e um mundo desprovido de árvores, de verdes e de ar puro.

Assim como o poético Wall-E (2008), O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida traz à tona uma série de questões importantes como o consumo excessivo, o desperdício, as necessidades reais ou inventadas, o descaso com a natureza, com o futuro e com o outro, etc. Tudo está ali, pronto para ser trabalhado e esmiuçado, mas, infelizmente o filme acaba ficando na superficialidade dos temas, sem nunca aprofundá-los nem realmente discuti-los. Assim como fazem os próprios moradores de Thneedville.

Apesar da falta de profundidadeque certamente incomoda mais adultos que crianças, O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida é divertido, colorido (talvez até demais!), e dinâmico. Um filme PRA SE DISTRAIR, bom para se assistir em família

 

~ by Lilia Lustosa on juillet 18, 2012.

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