Adieu Berthe – L’Enterrement de Mémé (sem título no Brasil)
Título original: Adieu Berthe – L’Enterrement de Mémé
Origem: França
Diretores: Bruno Podalydès
Roteiro: Bruno e Denis Podalydès
Com: Valérie Lemercier, Denis Podalydès, Isabelle Candelier, Bruno Podalydès, Pierre Arditi
Uma comédia encantadora, feita com candura e poesia, capaz de levar-nos do riso à lágrima num passe de mágica!
O último filme de Bruno Podalydès conta a história de Armand (Denis Podalydès), um farmacêutico aspirante a mágico, dividido entre o amor à sua companheira de vida e de profissão – sua esposa Hélène (Isabelle Candelier) – e a paixão por sua parceira de aventuras, de magias e rebeldias – sua amante Alix (Valérie Lemercier). Um homem assumidamente dividido entre dois amores, duas vidas, dois sonhos, incapaz de tomar uma decisão por alguma das partes.
Em meio a esta crise de identidade e de desejos, Armand recebe a notícia da morte de sua avó Mémé, há algum tempo “esquecida” em uma casa de repouso. E é ele quem deve se ocupar da burocracia funerária, já que seu pai encontra-se incapacitado em função de alguma doença que o mantém longe do mundo real, vivendo em seu próprio mundo inventado.
É dada assim a partida para uma história que mistura humor, angústias, fantasia, realidade, poesia, arrependimentos, dúvidas e tantos outros sentimentos que nos acompanham durante nossas vidas.
Armand, que não é lá muito bom em tomar decisões, se vê, então, diante de uma série de questões tão importantes quanto desagradáveis de se resolver: Qual a empresa que vai cuidar do enterro de sua avó? Qual caixão escolher? Será ela cremada ou inumada? Qual teria sido seu último desejo?
Mas o que poderia ser trágico, deprimente, pesado ou triste é, ao contrário, tratado com extrema leveza, bastante humor e com pitadas de delicadeza e de poesia.
Assim, pouco a pouco, com a ajuda das memórias escondidas de sua avó, Armand vai navegando entre realidade e fantasia, vai abrindo gavetas e portas secretas, descobrindo e revelando-nos segredos, sonhos e paixões guardados no fundo do baú de sua alma.
Na sua decisão pela indecisão, o personagem Armand é humano, frágil, sincero, apaixonado e fraco. É crápula, mas é amigo. Mente, omite, revela, se entrega. Num jogo de esconde-esconde tão ingênuo quanto malandro. Tão infantil quanto adulto.
Adieu Berthe é um filme que nos faz enxergar a vida (e a morte) como um grande número de magia, tão capaz de esconder como de revelar partes da realidade. Um espetáculo cheio de mistérios e de encantos!
Um filme PRA RIR e PRA SE ENCANTAR!